quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Noite Morta - Manuel bandeira

    Noite Morta
    Junto ao poste de iluminação
    Os sapos engolem mosquitos.

    Ninguém passa na estrada.
    Nem um bêbado.
    No entanto há seguramente por ela uma procissão de
                                                                     [ sombras.
    Sombras de todos os que passaram.
    Os que ainda vivem e os que já morreram.

     O córrego chora.
     A voz da noite...

    ( Não desta noite, mas de outra maior)

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