quinta-feira, 27 de outubro de 2011

         A constituição mental de certas pessoas tendem a desfigurar e atrofiar os fenômenos das diversas naturezas. Interpreto isso como um comportamento frágil, de explicar as coisas do jeito que acredita ser e de adotar o meio mais aprazível para si.
         A pouca sutilidade no julgamento de tais pessoas enfraquece quem adota tais concepções mau acabadas e reduzem o significado dos fenômenos da vida. A parte consciente de nossas mentes chamada Ego que coordena a personalidade e ideologias muitas vezes aparenta ser um tanto inflada nas mentes dessas pessoas acomodadas nas aparências e comportamentos viciosos.
          Homens fracos são aqueles do chamado espírito de carga intitulado pelo filósofo Frederich Nietzsche, são aqueles acostumados com a dor e o peso de suas vidas, estão tão acostumados com o tipo de vida que levam que conseguem suportar o peso de suas vidas até suas mortes. Entretanto, se conseguir se libertar dessa condição de escravidão pode tomar uma atitude violenta igual a um leão feroz, predador e avido por sangue. Aparentemente o homem permanece nas duas primeiras fases das metamorfoses propostas por Nietzsche em aclamado livro Assim Falou Zaratustra, essas duas fases estão completamente imersas em seus vícios,  a primeira fase não consegue se libertar do escravismo voluntário, não consegue se libertar por medo ou até por comodismo, a outra fase se baseia na revolta, quando consegue se libertar do seu escravismo está apto a lutar contra tudo e contra todos porém se acomoda de tal forma nessa revolta que parece ser muito satisfatória para seu ego, aparenta ser muito forte no fim das contas mas é muito fraco para se libertar do próprio ego que comanda cada passo seu sem ele mesmo se dar conta disso.
          Força é um bem adquirido, todos nós já fomos frágeis, cheios de medos, penitências, paixões, etc. Mas aqueles que não superam suas fraquezas e permanecem em um estado estagnado de ignorância e torpor, assim inevitavelmente serão aniquilados pela sua própria ignorância.
           A tendência do ser humano de superar a si mesmo é maior do que a capacidade dele de se auto destruir, individualmente todos nós tendemos ao crescimento e evolução, ficamos cada vez mais coerentes a cada ano que passa. A humanidade como um todo funciona da mesma maneira que os homens individualmente, porém com toda a complexidade de uma junção de pessoas. Mas, todo aquele que necessita de destruição só tende a se auto destruir, então todo seu pensamento podre e infértil não irá progredir, tendendo à morte.
           O progresso se relaciona com acontecimentos futuros que superam a obscuridade do passado, a ignorância e entre outros vícios tendem naturalmente à se auto anularem, pela sua capacidade natural de destruição. A humanidade como uma fênix supera seus limites e irremediavelmente tenta reparar o erros que cometeu, assim se torna cada vez mais civilizado. Não podemos negar nossos avanços desde a época da Guerra Fria e Segunda Guerra Mundial, porém temos outros problemas a resolver que não parecemos ter a maturidade suficiente. Todos nós sabemos o quanto guerra são horríveis porque já vivemos epócas de guerra, porém estamos encarando uma nova dimensão de problemas que acreditamos que podem ser solucionados mantendo o sistema atual intacto, só experiência da crise de 29 nos ensinou como a política deve se renovar para atender as necessidades da sociedade.
             Proponho uma visão sutil da realidade e tentar agir sempre com temperança, sem impulsos irracionais nem com autos ideais que podem ser destrutivos, considero a flexibilidade e a conciliação podem ser virtudes necessárias para uma boa evolução e crescimento pessoal, independente quem seja. O tempo é  único que sabe ditar o que durável ou o que vale mais a pena investir. Ficamos muito presos a nós mesmos que não procuramos entender que existem um mundo grande e diverso que precisa ser explorado e descoberto, assim se alcançará a virtude da sutilidade e da temperança, transcendendo a tudo que acha fundamental ou absoluto.

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