segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Excertos e comentários do manifesto eleitoral do povo de Pierra-Joseph Proudhon

       Ultimamente venho tendo algumas concepções que eu estudava há tempo atrás relacionadas ao anarquismo, agora posso ver claramente que esse sistema é completamente coerente à qualquer realidade que possa ser imaginada. Segundo Proudhon o anarquismo é muito mais real do que se pode pensar, o anarquismo continua sendo uma vertente prática e pragmática desde que seja bem direcionada através de um bom ponto de vista teórico ( que no meu ver deve ser baseada no mutualismo desenvolvido pelo mestre francês).
       Aqui estão alguns excertos do Manifesto Eleitoral do Povo publicado no jornal Jounal du peuple entre 8 e 15 de novembro de 1848:
      (...) Portanto, ainda, dois trabalhadores podem emprestar entre si seus produtos e, se eles se combinam
por operações contínuas deste gênero, organizarão entre eles o crédito (...)
   
     Comentário: No federalismo libertário proposto por Proudhon a transição do capitalismo para anarquismo se daria de baixo para cima, em que alguns indivíduos que se comprometem com esse ideal lutem para sua emancipação, então o que de início é um ação individual irá se associar com alguns outros que também acreditam nesse ideal e assim por diante.
                         O dinheiro seria alguns dos meios de troca, outro que seria bastante possível no processo inicial de emancipação seria a troca voluntária de objetos e serviços. Além dos interesses políticos que essa troca pode exercer também seria um interesse econômico.
 
      (...) Organizai a associação e, imediatamente, toda oficina se tornando escola, todo trabalhador é mestre, todo estudantes aprendiz. Homens de elite se produzem tão bem ou melhor na sala de estudo(...)

     Comentário: No sistema anárquico se faria necessário a destruição do monopólio da educação pelo capital, então nessa sociedade o conhecimento poderia ser compartilhado constantemente. Num mundo de especializações sofremos várias restrições que não nos permite nos emancipar da forma que gostaríamos e servimos sempre os interesses de poderosos. Nas sociedades cooperativadas o individuo pode escolher que sociedade quer ingressar dependendo de suas necessidades e interesses e também dependendo do grau de exigências que essa sociedade o impõe. Então se pretendo ingressar em tal sociedade dependendo que sociedade seja, eles poderão ensina-lo de forma gratuita. Cada sociedade baseada nos interesses individuais tem a liberdade de se auto-administrar como achar que for necessário.

    (...) Nós queremos a liberdade ilimitada do homem e do cidadão, salvo o respeito à liberdade do outro:
           Liberdade de associação;
           Liberdade de reunião;
           Liberdade de culto;
           Liberdade de imprensa;
           Liberdade de pensamento e de palavra;
           Liberdade de trabalho, de comércio e de indústria;
           Liberdade de ensino.
           Numa palavra, liberdade absoluta.
 
      Comentário: Esse seria o centro do ideário anarquista de qualquer natureza, liberdade nunca deve ser violada, seja livre e aceite a liberdade dos outros.
                 

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