segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Previsão - Bruno Pontual


Ao caminhar sobre a grama verde,
Vejo a minha vida se esvair aos poucos
Nos minutos velozes.
A solidão que me resta me faz temer
todo ser vivo e humanizado.
Preciso de ar, preciso me libertar.
Através da vastidão do mundo.
Através da falta de nexo,
além do que é bom e perfeito.

Será que as coisas vão funcionar desde o principio?
Para quê toda esperança, para quê todo querer?
Para quê esperar? Nada nunca foi tão lógico
ou possível.
A vida se tornou algo impossível.
A única coisa possível é o correr de um rio.
Os pássaros a voar sem caminho.
Esses vivem o que buscam,
Esses não tem nenhum tipo de dever
ou obrigações.

Talvez precisa-se viver como os pássaros,
quando se sentem enfastiados migram para uma nova vida,
libertando-se da própria que aprisiona,
do mundo que pesa sobre as costas.

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